PERÍODO DE ADAPTAÇÃO ESCOLAR
A
criança começará a frequentar um lugar, que é até então para ele estranho, e
também estará experimentando o sentimento de separação. A separação parece ser
um episódio ruim, mas na verdade estará fortalecendo o desenvolvimento
emocional tanto da criança quanto dos pais. A vida é repleta de encontros e
separações. A escola não é diferente. Ela irá promover que esta criança
encontre outras crianças da mesma idade e um ambiente todo voltado para ela, e
promoverá a separação, por pouco tempo, da família.
Estas mesmas angustias são
vividas pela mãe. Ocorre que a mãe tem que se manter segura para passar
segurança para seu filho. A mãe tem que ter consciência de que seu filho
passará a frequentar um local totalmente preparado para ele. Tudo ali é do
tamanho dele e está li para acolhê-lo. Também não deve esquecer que é na escola
que a criança vai iniciar a sua convivência numa sociedade mais ampla da até
então convivida – A família.
Os pais ocupam papel
importantíssimo nessa experiência e devem dar todo o apoio, ajuda e motivação.
Toda criança irá enfrentar o “primeiro dia de aula” e terá que absorver que a
separação existente é momentânea e que, com certeza, sua mãe não a está
abandonando e que logo voltará para buscá-la. Porém, como a criança pequena não
tem noção de tempo, o período que a mãe vai deixa-la na escola significará um
abandono total. Porém, à medida que ela for percebendo que sua mãe a deixa ali,
mas volta para buscá-la, ela começará a se sentir segura e então vai se soltar
e começar a participar da rotina da escola mostrando que superou o período de
adaptação.
É justamente para
transmitir esta segurança que a mãe tem que estar segura e mostrar para o filho que ela volta logo.
E
tem que voltar mesmo. Neste início é importante ela chegar um pouco antes da
saída dos outros coleguinhas, porque se a criança que está em adaptação percebe
que os amiguinhos estão indo embora e ela não, ela vai pensar que foi
abandonada. Por isso a mãe não pode se atrasar para buscar o filho nos
primeiros dias de aula, mesmo que seu filho já tenha ido para a escola no ano
anterior. Isto se chama respeito e é fundamental neste processo
A mãe tem que ajudar o
filho neste momento tão importante da vida dele. Na verdade este processo começa
desde a escolha da escola onde a criança deve participar das visitas e sua
opinião, se gostou ou não, deve ser respeitada.
É importante ressaltar
também que a parceria entre pais e escola começa ai– na adaptação da criança.
Vamos agora abordar os tipos
de adaptação. Para as crianças da Educação Infantil podemos enquadrar em três
tipos:
Primeiro: Quando a criança chega feliz na escola,
deslumbrada por estar vestindo o uniforme. Mostra para todo mundo, exibe a
mochila nova, a lancheira. Entra na escola, dá a mão para a professora e muitas
vezes até se esquece de dar um tchauzinho para a mamãe que está ansiosa no
portão de entrada e que acaba se sentindo “desprezada” porque a criança nem ao
menos olhou para trás. Neste tipo de adaptação a criança apresenta este
comportamento sempre. Nunca chora e nunca demonstra resistência para ir para a
escola. Este tipo de adaptação é mais raro. Não é exceção, mas também não é
muito frequente. E a participação da mãe é fundamental, pois se ela ficar no
portão de entrada chamando a criança para dar tchau e tornar este momento uma
“grande despedida” pode ser que a criança venha a chorar e passe a integrar o segundo tipo
de adaptação. Que é quando a criança se comporta exatamente igual ao modo como
descrevi acima, pode ser até por uma semana como descrevi acima e depois deste
período ela começa a chorar e não quer mais ir para a escola. Não consegue nem
olhar para o uniforme. Toda vez que escuta a palavra escola ou
professora, começa a chorar desesperadamente. Este tipo de adaptação é a mais
complicada principalmente em relação aos pais que logo pensam que algo muito grave
aconteceu na escola, porque ela ia tão bem, adorava e de repente não quer mais
ir e demonstra aversão.
Na verdade o que acontece é
que a criança na primeira semana se deslumbra com o “novo” e quer explorar tudo
que existe lá. Depois de uma semana o novo deixa de existir e ela quer então
retornar à sua rotina anterior, ou seja, à sua “zona de conforto” que é a sua
casa onde ela pode fazer tudo aquilo que já está acostumada, na hora que ela
quer, não precisa obedecer a uma rotina que na existe. Na escola ela tem
que aprender a compartilhar os brinquedos com os colegas, tomar lanchinho junto
dos amiguinhos, terá que ir ao parquinho só quando todos forem e assim por
diante. Este tipo de adaptação irá exigir uma postura firme dos pais no sentido
de insistirem e não deixarem de levar o filho para a escola. Dependendo da
personalidade da criança, ela vai chorar, espernear, vomitar, algumas perdem o
fôlego e tantos outros “argumentos” que a criança usará para convencer a não
leva-la mais para a escola. Normalmente, assim que os pais vão embora a criança
se entretém e para de chorar rapidinho, afinal tudo lá é voltado para a
criança. Se a mãe ficar muito preocupada deve entregar o filho(a) para a
professora e permanecer na secretaria sem que a criança a veja. Ela vai
perceber que logo a criança vai parar de chorar e ela então poderá ir embora
mais aliviada. Sei que é um período difícil, mas para o bem da própria
criança a mãe não deverá deixar de levar a criança para a escola nenhum dia,
nem que seja para ela ficar 5 minutos, pois se a mãe ceder, uma única vez e
levar o filho embora ela estará reforçando este tipo de comportamento e no dia
seguinte ela chorará o dobro imaginando que em algum momento ela irá “ganhar” a
batalha novamente e quem irá sofrer mais com tudo isso, será justamente a
criança.
E finalmente há a adaptação
em que a criança chora logo no primeiro dia. Não quer ir para o colo da
professora.
Se agarra no pescoço da mãe, enfim tenta de
todas as maneiras não ficar. Neste caso a mãe também deve insistir e nunca deve
levar a criança de volta para casa. As professoras irão tentar usando todos os
recursos para despertar o interesse da criança para alguma brincadeira,
levando-a ao parquinho, ao tanque de areia, enfim agirá usando toda a sua
bagagem, A criança irá se entreter, irá chorar um pouquinho, depois irá se
entreter novamente e voltará a chorar e agirá assim até se adaptar
completamente. A mãe tem que ser firme. É por este motivo que a mãe/pai tem que
se sentir segura de que chegou o momento de levar seu filho(a) para a escola.
Iniciado o processo não deverá, de forma alguma, retroceder para o bem,
principalmente, da criança. Somente com a continuidade é que a criança criará
vínculos com a professora e com a escola.
Equipe
El Shaday
Gestora
Fernanda Carias
O que faz uma criança em uma Escola de Educação Infantil?
Brinca. Certamente brinca. Começa a fazer amigos, passa horas felizes convivendo com crianças e adultos que não são seus familiares.
Não é apenas isso o que acontece.
Até os 6 anos, a criança viverá uma das mais complexas fases do desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e motor, que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam.
Uma escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento. Precisa propiciar a possibilidade de uma base sólida que influenciará todo o desenvolvimento futuro dessa criança.
Toda escola de Educação Infantil precisa ter certeza do que quer desenvolver na criança.
Assim, para formar uma criança saudável e desenvolver sua capacidade de aprender a aprender, sua capacidade de pensar e estabelecer as bases para a formação de uma pessoa ética capaz de conviver num ambiente democrático, atividades que desenvolvem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores adequado a cada faixa etária.
Leitura e Escrita, Inglês, Artes, Música, Conhecimento da Natureza e da Sociedade, Educação do Movimento – em todas as atividades o aluno não é absolutamente aquele estudante passivo da educação tradicional, mas um aluno participante, ativo no processo de construção do conhecimento.
Em todas as áreas, os alunos têm a possibilidade de utilizar recursos, e vivenciar experiências.